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Crítica (não muito positiva) ao Live 2012


"Os Coldplay encerram o capítulo «Mylo Xyloto» com um filme-concerto de produção arrojada, canções médias e narrativa demasiado fechada. A soma é igual às virtudes e defeitos de sempre da banda.

Os Coldplay acabam de anunciar uma pausa de três anos em que, no mínimo, se vão afastar dos grandes palcos. Quando se fala de bandas com esta dimensão estalar, álbuns e digressões fazem parte de um ciclo que é artístico mas também de gestão de carreira que tanto vive das refeições como do aguçar de apetite.

Álbuns como este «Live 2012» têm o propósito de preencher o mural de memórias de bandas que já se dão ao luxo de fazer filmes a partir dos espectáculos. Não é apenas som e imagem mas toda a construção de uma narrativa que define o momento de uns Coldplay, tão simples quando defendem não acreditar no mito do rock como empenhados em acrescentar um ponto à história da música popular.

A produção de «Live 2012» é admirável e põe os Coldplay a competir com os U2 na Liga dos Campeões. Como os próprios afirmam, é como se os estádios que os receberam ao longo deste ano - um deles, o do Dragão - sofressem uma metamorfose cromática para se vestirem com as cores berrantes e optimistas que caracterizaram a estética de «Mylo Xyloto».

Musicalmente, é uma máquina que está em palco. A soma de actuações é tão convincente que a espontaneidade tem aparência real. Quando Rihanna se junta a Chris Martin em Paris para cantar «Princess of China», parece um acontecimento espontâneo e irrepetível - o que não veio a confirmar-se - tal o êxtase quando os dois se olham nos olhos.

Quem não gostava dos Coldplay não vai encontrar razões para inverter a opinião. Há razões para isso: toda a fatia do alinhamento dedicada a «Mylo Xyloto» soa a um «Achtung Baby» menos corajoso e vazio de carisma - a excepção é «Princess of China» - em que a ambição de cruzar rock e texturas electrónicas é um passo maior que as próprias pernas.

Onde a história se compromete definitiva é no argumento escrito e falado. Além do excesso de auto-elogios, fruto, talvez, de entrevistas pouco incisivas, a porta dos camarins dos Coldplay só é entreaberta. O diário de bordo conta alguns pormenores mas para uma banda tão viajada, sabe a pouco.

No encore do filme, há uma câmara na carrinha que acabou de retirar os Coldplay do estádio onde tinham acabado de terminar o encore e apenas Chris Martin sabe ser artista. Jonny Buckland, Will Champion e Guy Berryman não sabem para onde olhar e parecem desconfortáveis. Talvez seja isso, um excesso de normalidade. As canções são disso retrato mas o todo de «Live 2012» disfarça."
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"Crítica (não muito positiva) ao Live 2012" foi postado em: 27 de novembro de 2012 @13:06 | 0 comentários


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