Quem são os Coldplay?

Os Coldplay são uma banda de rock alternativo formada em 1998 em Londres, Inglaterra, e hoje figuram entre as maiores/melhores bandas do mundo. O grupo é composto por Chris Martin (vocais, teclados, guitarra), Jonny Buckland (guitarra), Guy Berryman (baixo) e Will Champion (bateria, vocal de apoio e outros instrumentos). O seu álbum de estreia foi Parachutes, seguido por A Rush of Blood to the Head, X&Y, Viva la Vida or Death and All His Friends, e, por último, Mylo Xyloto.
Biografia
Os membros reuniram-se pela primeira vez num dos dormitórios da Universidade de Londres, em 1996. Os primeiros passos para a formação de um conjunto musical foram dados quando Chris Martin e Jonny Buckland se conheceram logo na primeira semana de aulas. O resto do ano foi ocupado a planear a formação de uma banda. O resultado foi uma boysband chamada Pectoralz.
Mais tarde, Guy Berryman, que estudava na mesma faculdade, juntou-se ao grupo, sem levar em consideração estilos musicais.
Em 1997, eles já se apresentavam em pequenos clubes, contratados por promotores de eventos. Nesse período, abandonaram as suas aspirações anteriores e mudaram o seu nome para Starfish. Mais tarde, eles admitiriam que este era um mau nome.
No início de 1998, a banda finalmente ficou completa quando Will Champion assumiu a bateria. Apesar da pouquíssima experiência com percussão, rapidamente aprendeu a tocar bateria.
O que faltava era um nome que não os deixasse descontentes. Tim Crompton, um amigo da faculdade, permitiu que Jonny, Guy, Will e Chris usassem o antigo nome de seu grupo, “Coldplay”, já que o considerava “excessivamente depressivo”. O nome vem de um livro de Philip Horky, cujo primeiro poema chamava-se “Child’s Play” e o último, “Cold Reflections”; dessa forma, o título acabou ficando Child’s Reflections, Cold Play.

Em meados de maio de 1998 foram lançadas 500 cópias do EP “Safety”, financiado pelos próprios rapazes e pelo seu empresário. A maioria das cópias foi dada para as gravadoras e amigos; somente 50 unidades chegaram para o público em geral.
“Safety” rendeu ao grupo uma apresentação no “In the City Musical Festival” (Manchester), que chamou a atenção de Debs Wild, da Universal Record. Foi ela que apresentou os quatro músicos a Simon Williams, da Fierce Panda. Em dezembro, os Coldplay gravaram o primeiro e único trabalho com este selo independente, o EP de três faixas “Brothers and Sisters”. Lançado em abril, a sua tiragem inicial foi de 2500 cópias. O interesse pela banda cresceu com as execuções regulares das músicas deste CD numa das mais importantes rádios britânicas.
No final de 1999, os quatro rapazes que se conheceram na faculdade assinaram um contrato com a Parlophone. Após a primeira performance no Festival de Glastonbury, a banda voltou aos estúdios para a gravação de um terceiro EP, o “Blue Room”. Desta vez, 5000 cópias estavam disponíveis para o público e “Bigger Stronger”, a primeira faixa do disco, começou a tocar nas rádios, fazendo com que os Coldplay começassem a fazer parte do cenário musical.
O processo de gravação do “Blue Room” foi tumultuado. Chris expulsou Will da banda, mas, arrependido, implorou ao baterista que voltasse. Posteriormente, os desentendimentos foram resolvidos e foram estabelecidas regras. Para começar, foi decidido que os Coldplay seriam uma democracia: todos os ganhos seriam divididos em quatro partes igualitárias, seguindo o exemplo de A-ha, U2 e REM.
Parachutes (2000)Em março de 2000, “Shiver” alcançou uma modesta 35ª posição e pela primeira vez um clipe dos Coldplay foi transmitido pela MTV.
O mês de junho de 2000, quando os Coldplay embarcaram na sua primeira tour, foi um dos mais importantes no início da carreira da banda. “Yellow” conferiu à banda o reconhecimento mundial. “Parachutes”, o primeiríssimo álbum dos Coldplay chegou às lojas em julho de 2000 e foi o mais vendido no Reino Unido. Apesar de ter sido muito elogiado, o CD foi alvo de críticas negativas, considerado um álbum demasiado parecido com algumas das gravações dos Radiohead.
Tendo conquistado o público europeu, a banda começou a concentrar-se na América do Norte, onde “Parachutes” foi lançado em novembro de 2000. No ano seguinte, foi iniciada uma série de concertos em clubes estadunidenses. O sucesso nos Estados Unidos tornou-se ainda mais evidente quando a banda recebeu o disco de platina duplo pelo CD e a estatueta de Melhor Álbum Alternativo na edição de 2002 dos Grammy Awards.
A Rush of Blood To The Head (2002) O Natal de 2002 presenciou o lançamento do tão esperado sucessor de “Parachutes”, “A Rush of Blood to the Head”. O regresso aos estúdios aconteceu no mês de outubro do ano anterior.
A satisfação com o CD foi geral. Geral, exceto pela própria banda. “Estávamos contentes com o álbum, mas, então, percebemos que algo não estava certo”, lembra Jonny. “Estava bom, mas não o suficiente”, completa Chris. “Então, voltamos para Liverpool, onde boa parte do último cd foi gravada. Músicas como ‘Daylight’, ‘A whisper’ e ‘The Scientist’ surgiram rapidamente nesse período. Estávamos totalmente inspirados”.
Antes da finalização de “A Rush…”, Chris visitou o Haiti e a República Dominicana com a Oxfam para divulgar a campanha em prol de um comércio mais justo. Foi uma viagem exaustiva pela área rural destes países, conhecendo produtores cujas vidas têm sido assoladas pelas leis do mercado que os põem em desvantagem. Esta é uma causa defendida e apoiada por toda a banda. “Todos aqueles com uma posição como a nossa têm uma certa responsabilidade”, explica Guy.
A tour de divulgação de “A Rush” destacou-se por mostrar uns Coldplay mais maduros. No começo de novembro de 2003, o lançamento de um DVD ao vivo (gravado no Hordern Pavillion, Sydney) brindou o seu sucesso. O “Live 2003” inclui não só um dos melhores concertos da banda, mas também um documentário com imagens dos bastidores.
Em dezembro, os leitores da revista Rolling Stone nomearam os Coldplay como a banda do ano. E as premiações não pararam por aí. Na Grammy Awards de 2003, a banda conquistou os prémios de duas categorias: Melhor performance por um grupo ou dupla (“In My Place”) e melhor álbum alternativo. Na cerimónia do ano seguinte, foi a vez de “Clocks” dar ao grupo inglês o prémio de melhor gravação.
X&Y (2005) Em 2004, os Coldplay deixaram de ser o centro das atenções dos media, já que grande parte do ano foi ocupada com um merecido descanso e a composição de um terceiro disco. Ainda assim, o público não ficou muito tempo sem notícias. Em maio, a banda divertiu os fãs com um vídeo realizado para comemorar o nascimento de Apple, primeira filha de Chris Martin com a sua esposa Gwyneth Paltrow. A bem humorada gravação mostra a banda a dançar e cantar um rap como a banda fictícia The Nappies.
Foi só no segundo semestre de 2004 que perceberam que havia algo de errado. “Estava tudo… Simples demais”, diz Will. “E o que é bom jamais vem facilmente. Não havia paixão nem energia”. “O que estávamos a fazer não era bom o suficiente”, concorda Jonny. “Parecia não haver interação nenhuma entre nós. Tu podes ficar obcecado em chegar à perfeição, e esquecer o que realmente importa”. “Não havia identidade”, diz Chris, por sua vez. “Decidimos abandonar tudo e voltar para os estúdios pequenos, com cerveja no chão e nomes de bandas rabiscados nas paredes e simplesmente tocarmos juntos”.
Finalmente, as canções que os Coldplay gravaram durante um ano e a dinâmica que os movia tornaram-se velhas conhecidas novamente. Assim, pela primeira vez no ano, os quatro amigos finalmente aproveitaram a companhia uns dos outros. Jogaram futebol, saíram para jantar juntos e fizeram vídeos engraçados para o seu site, recordaram-se que, mais importante do que qualquer coisa, eles eram amigos. Partindo deste princípio, perceber o que estava a faltar foi fácil.
No começo de janeiro, Chris viajou para Gana para renovar o compromisso de longa data dos Coldplay com Make Trade Fair. Foi uma viagem cansativa, visitando agricultores pobres no norte do país para verificar como as condições de vida foram degradadas pela produção excessiva que a Europa e os Estados Unidos vendem ali a preços absurdamente baixos.
Em seguida, com a volta do vocalista, seguiram-se mais algumas semanas de trabalho árduo e três novas músicas foram incluídas no reportório, como “A Message”, a qual é descrita por Chris como “um presente inesperado”: “Eu acordei a meio da noite, corri escadas abaixo e esta música veio pronta, como uma visita que chega tarde. Fiquei muito empolgado. É a mesma sensação de pegar um peixe momentos antes de ir embora e quando todos os outros pescadores já se foram”. Após essa maratona de 18 meses (demora que resultou na queda das ações da EMI), “X&Y”, terceiro álbum do quarteto britânico, foi lançado no começo de junho de 2005. Atrasado ou não, foi o disco mais vendido de 2005 e emplacou no primeiro lugar dos rankings de vendas de 28 países. De junho de 2005 a julho do ano seguinte, os Coldplay passaram por diversos países com a “Twisted Logic Tour” e marcaram presença em festivais como o Coachella (um dos maiores festivais de música alternativa do mundo), Glastonbury, o Austin City Limits Music e, em julho, no Live 8. No Brit Awards de 2006, os Coldplay ganharam os prémios de melhor álbum com “X&Y” e gravação do ano (“Speed Sound”). Discussões acaloradas foram geradas pelos comentários de Chris durante o seu discurso de agradecimento: “Este prémio significa muito para nós, especialmente agora. Vocês não nos vão ver por um bom tempo”. O vocalista acabou por esclarecer que, na realidade, aquele não era o prenúncio do fim da banda.
Viva La Vida or Death and All His Friends (2008) O quarto álbum do grupo foi lançado no dia 12 de Junho de 2008 nos Estados Unidos. Martin afirmou que escolheu o nome após ver um quadro da artista mexicana Frida Kahlo. “Ela passou por muita coisa, claro, e aí começou uma grande pintura na sua casa que dizia Viva la Vida or Death and All His Friends." O quarteto inglês visitou igrejas góticas de Barcelona para gravar vocais para o seu novo álbum. Sobre o novo trabalho, Dave Holmes, empresário do grupo, garantiu que este seria um lançamento revolucionário. “Eu acho que é o melhor álbum da banda. É um disco fantástico. Eles realmente conseguiram”, disse à Billboard. Este álbum esteve no top de vendas nacionais em 36 países. Nos Estados Unidos, foram vendidas no primeiro dia 316 mil cópias e, na primeira semana, 720 mil. No Reino Unido o álbum vendeu 125 mil cópias no primeiro dia e um total de 302.074 cópias nos primeiros três. Em todo o mundo foram vendidas mais de 500 mil cópias nos primeiros dez dias, batendo assim o record de vendas no Reino Unido do anterior álbum de Coldplay, X&Y, de 2005. Viva La Vida tornou-se ainda o álbum com mais downloads de todos os tempos.
Mylo Xyloto (2011) Quando Martin e Champion foram entrevistados pela BBC Radio e foram questionados sobre os temas do quinto álbum, Martin respondeu "É sobre o amor, vício, fuga e trabalhar para alguém que tu não gostas". Quando perguntado se o quinto álbum seria ou não lançado no verão, Martin e Champion disseram que havia muito trabalho a ser feito antes de o lançar. Eles confirmaram várias aparições em festivais antes da sua data de lançamento, especialmente em festivais na qual foram as atrações principais, como Rock Werchter, Festival de Glastonbury, Optimus Alive, T in the Park e Lollapalooza.
Numa entrevista a 13 de janeiro de 2011, os Coldplay mencionaram duas novas canções que estariam incluídas no seu quinto álbum de estúdio, "Princess of China" e "Every Teardrop Is a Waterfall". Numa outra entrevista, em fevereiro, o presidente da Parlophone, Miles Leonard, disse ao HitQuarters que a banda ainda estava no estúdio, a trabalhar no álbum e que esperava que a versão final fosse lançada "até outono desse ano".
A 31 de maio de 2011, os Coldplay anunciaram que "Every Teardrop Is a Waterfall" seria o primeiro single do álbum. Foi lançada a 3 de junho do mesmo ano. A banda também apresentou seis novas canções em festivais durante o verão de 2011, "Charlie Brown", "Hurts Like Heaven", "Us Against the World", "Princess of China", "Major Minus" e "Mylo Xyloto", um instrumental de apenas 42 segundos. A 12 de agosto de 2011, anunciaram através do seu site oficial que Mylo Xyloto seria o título do novo álbum, e que seria lançado a 24 de outubro de 2011. O álbum foi um sucesso comercial. No Reino Unido, vendeu pelo menos 122 mil cópias em apenas três dias de acordo com a The Official Charts Company. O CD acabou por estrear em primeiro lugar na UK Albums Chart com um total de 208 mil unidades vendidas numa semana. Mylo Xyloto estreou também em primeiro lugar na Billboard 200.